27 de agosto de 2010

Um dia os relógios das igrejas da cidade acabavam de bater as 2h e os sons misturavam-se de forma desordenada.
O Domingo de Verão decorria como todos os outros, com maior tédio e também maior lentidão do que qualquer dia da semana.
Sai do carro com certa trapalhez a rapariga que certamente terá a beleza mais linda e ao mesmo tempo a menos fútil que algum dia alguém vira, tinha uma pele tão queimada pelo sol, uns traços tão acentuados, uns olhos que nunca mais acabavam, eram grandes e quase que penetravam o olhar de Afonso. (...)
Afonso escrevera-lhe num papelinho ainda um pouco húmido que fez dispersar as suas palavras: Amanhã, 3h na lagoa, espero-te.
(...) O que fez um dia Afonso empertigar o corpo jovem e esbelto, exultante na sua beleza, naturalmente orgulhoso e docemente intrigado com o olhar ardente de Salomé.
O que a fez dizer: Depois disto devo perguntar-te , quantas vezes já fizes-te isto ás raparigas daqui? Podes ser honesto, no futuro deveríamos contar tudo um ao outro.
O que o fez concordar em silêncio.
Ela: Jura-me.
Ele puxou-a para perto de si dizendo: Mas tens dúvidas?
Salomé acariciando-lhe as mãos, levantou os olhos inundados de lágrimas, Afonso procurou adivinhar-lhe os pensamentos na profundidade daquele olhar.
Levou a mão aos seus lábios dizendo: embora te possa parecer algo-comum, em cada rapariga, crê-me, em todas as raparigas que julguei amar, eras tu quem eu procurava, sinto isto mais profundamente, Salomé, do que tu jamais poderás compreender.
Salomé sorri tristemente o que a faz dizer: e se também me tivesse apetecido fazer o mesmo tipo de procura?
A sua expressão modificara-se, mostrando-se agora fria e impenetrável, Afonso soltou-lhe as mãos como se a tivesse apanhado numa mentira ou infidelidade.
Salomé: Eu não quero ser só mais uma, um passatempo de Verão.
Afonso: Quem disse que és só mais uma?
Respondendo com superioridade diz: Tens noção da tamanha fama que tens de mulherengo aqui na cidade?
com um olhar doce e ternurento ele diz: e daí? tudo que tem inicio tem também um fim e essa minha faceta terminou no momento que te vi, até os mulherengos tem o seu grande amor e o meu está mesmo á minha frente ouvir dizer que a amo !
Salomé: Desculpa?
Afonso: Tu não me amas? - diz ele com um ar abatido.
Salomé agarra na mão dele e pousa-a no seu peito, bem junto ao seu coração : eu não sei o que é amar, mas se amar é o que sinto, então eu amo-te com todas as minhas forças (...)

                          Cortei partes, talvez em breve vejam o resto da história.
                                

2 comentários:

  1. Woow :o que lindoooo *-*
    Esta rapariga é só talento.... é incrível a determinação e o talento que ela tem quando escreve !
    Já não passo sem este blog (:

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  2. Shii, o teu blog está nos favoritos ao lado do da kenza :$$
    ahahah, só fazes coisas lindas (L)

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